Tenha coragem, existe
esperança!
O
ALCOOLISMO É UMA DOENÇA
A primeira coisa que você
deve saber, acreditar e aceitar é que
os alcoólicos sofrem de uma doença verdadeira – uma doença que afeta todos que
os rodeiam.
A Associação Médica
Americana e muitas outras autoridades no mundo inteiro declaram que os
alcoólicos sofrem de uma doença sobre a qual não tem controle. O alcoolismo não é causado por fraqueza de
vontade, imoralidade ou desejo de fazer sofrer os outros.
Progressos científicos na
compreensão desta doença redefiniram idéias antigas, baseadas na superstição,
ignorância e preconceito. O sucesso
deste enfoque está provado pela poderosa evidência de milhares de recuperações
em Alcoólicos Anônimos, Al-Anon e Alateen.
Ao aceitar a idéia de que o
alcoolismo é uma doença para a qual as pessoas que bebem de forma problemática,
aqueles que se preocupam com elas podem
encontrar alívio, não terá motivo para se envergonhar do alcoolismo – ou
temê-lo.
APRENDA
OS FATOS
Tire da cabeça tudo o que
você pensa que sabe sobre o
alcoolismo. Depois dedique-se a aprender
sobre a doença.
Leia tudo o que for possível
sobre a doença do alcoolismo. Grande
quantidade de informação pode ser encontrada em bibliotecas públicas na
internet.
Ir às reuniões abertas de
Alcoólicos Anônimos pode proporcionar, em primeira mão, conhecimentos sobre o
alcoolismo dos próprios alcoólicos em recuperação. As reuniões abertas podem ser assistidas por
qualquer pessoas interessada no problema do alcoolismo. O AA geralmente é encontrado na lista
telefônica.
AGORA
AJUDE-SE
Não espere para procurar
ajuda. Qualquer pessoa que tenha sofrido
com os efeitos da maneira de beber de outra pessoa enfrenta tensões e pressões
emocionais constantes e precisa de ajuda para aliviá-las. Você encontrará alívio, compreensão, apoio e
calorosa ajuda num Grupo Familiar Al-Anon.
Como disse um membro, ali você “aprenderá a viver de novo”.
Os Grupos Familiares Al-Anon
(Al-Anon e Alateen) são formados por esposas, maridos, pais, companheiros,
filhos e outros parentes e amigos de alcoólicos. Com quase 28.000 grupos no mundo inteiro,
pode ser que exista um nas proximidades.
Os membros são compassivos, bem informados e conhecem por experiência,
problemas exatamente como os seus porque eles também os têm!
O Al-Anon pode estar na
lista telefônica. Se não estiver ligue
para o AA ou para o serviço local de informação sobre alcoolismo.
Não hesite em assistir por
se sentir um estranho; qualquer pessoa que sinta que sua vida possa ter sido
afetada pela maneira de beber de outra pessoa é bem vinda.
Fale com os membros antes e
depois da reunião; discuta suas dificuldades com eles. Conversas com membros do Al-Anon que
compartilham problemas similares o ajudarão a aceitar que o alcoolismo é uma
doença, e não um pecado. Compartilhar
este conhecimento pode ajudá-lo a iniciar a sua recuperação.
ALGUNS
IMPORTANTES “FAÇA” E “NÃO FAÇA”
Se o alcoólico de sua vida
ainda está bebendo, aprender o que não fazer é uma parte importante do
programa. Substituir essas atitudes por
outras mais positivas é igualmente importante.
- Não trate o alcoólico como
criança; considere esta pessoa como se estivesse sofrendo de alguma outra
doença.
- Participe regularmente de
reuniões de Al-Anon e encontre um grupo onde você possa se sentir à vontade.
- Não fique controlando para
ver quanto o alcoólico está bebendo, procurando bebidas escondidas, ou jogando
bebida fora.
- Procure ajuda entre as
reuniões ligando para os companheiros e lendo a Literatura Aprovada pela Conferência
(LAC) do Al-Anon diariamente.
- Não aborreça o alcoólico
sobre a bebida. Jamais discuta quando
ele estiver sob os efeitos do álcool.
- Lembre-se de que não
podemos controlar, causar ou curar o alcoolismo.
- Não faça sermões,
repreenda ou entre em discussões com o alcoólico.
- Participe, pelo menos de
seis reuniões antes de decidir se o Al-Anon é para você.
Essas sugestões podem levar
a uma disposição mental mais satisfatória.
Todos esses Faça e Não Faça têm boas e sólidas razões que
surgiram da experiência de muitos membros.
Os alcoólicos sofrem de
sentimentos de culpa muito além do que o não-alcoólico pode imaginar. Fazê-los lembrar dos fracassos, negligência
com a família e amigos, ou erros sociais, é perda de esforço. Isso apenas torna a situação pior.
A tática do “se você me
amasse” é igualmente inútil. Lembre-se
de que o alcoolismo é compulsivo por natureza e não pode ser controlado pela
força de vontade. Igualmente inúteis são as
promessas, adulações, argumentações e ameaças.
Não ameace, a menos que esteja
preparado para cumprir a ameaça.
Fique em guarda contra a
atitude de julgar mais perfeito.
Hostilidade e desprezo não podem curar uma doença e são atitudes
inconvenientes.
Às vezes uma crise – a perda
do emprego, um acidente ou uma prisão – podem convencer o alcoólico da
necessidade de ajuda. Em ocasiões como
essas, mimos e superproteção não são úteis.
A crise pode ser necessária para a recuperação.
Não faça nada para evitar
que essas crises aconteçam – não cubra cheques sem fundo, não pague contas
atrasadas, não dê desculpas ao patrão em nome dele. O sofrimento que você está tentando aliviar
por meio dessas atitudes pode ser exatamente aquilo que o alcoólico precisa
para perceber a seriedade da situação.
Muitas vezes, o primeiro
sinal do desejo de parar de beber, por parte do alcoólico, ocorre ao final de
um período de desespero e falta de esperança.
Pode acontecer durante o remorso de uma ressaca, ou pode ser precipitado
por uma crise.
É aí que o o seu conhecimento
sobre alcoolismo e suas atitudes mais sensatas em relação ao alcoólico serão de
grande ajuda. À desesperada pergunta: “O
que devo fazer?” simplesmente diga que existe muita ajuda disponível. Se ele pedir sugestões, você pode ser
específico, mencionando o AA e outros recursos de ajuda que você possa ter
encontrado.
Entretanto, lembre-se de que
este resultado não pode ser forçado e pode não ocorrer nunca. O alcoólico precisa estar pronto para receber
ajuda antes de poder ser ajudado. Nem
mesmo insista para que o alcoólico utilize a palavra “alcoólico”. Até mesmo uma frase como: “Talvez eu tenha um
problema com a bebida”, pode significar o reconhecimento da necessidade de
ajuda.
Quando ficar claro que o
alcoólico quer ajuda, uma conversa com um membro de AA pode ser o próximo passo
– não solicitado por você, mas pelo alcoólico.
Seja qual for a medida a ser
tomada, a decisão precisa ser do alcoólico.
Deve ficar bem claro que ele está dando este passo livremente.
Nessa hora, você pode ajudar
a si mesmo mantendo-se em estreito contato com os companheiros e seu Grupo
Al-Anon. O Al-Anon pode continuar a
ajudar, que o alcoólico ainda esteja bebendo, ou não.
O
CAMINHO DE VOLTA
Para os alcoólicos que não
adotam o programa de AA, a época da recuperação pode ser difícil. Lembre-se constantemente do Lema “Vá com
calma”. Não espere recuperação imediata
e completa para o alcoólico ou para a família.
Assim como a doença do alcoolismo levou um longo tempo para se
desenvolver, a convalescença também é um processo lento. Podem ocorrer o que conhecemos como
“bebedeiras secas”, isto é, tensões emocionais do alcoólico que não tem nada a
ver com a bebida. Seja paciente. Nessas ocasiões, você pode achar que as
coisas estão piores do que quando ele bebia, mas não estão. Paciência e tolerância vão ajudar a passar
essas horas difíceis.
Durante um ano ou mais,
depois de parar de beber, a fadiga extrema pode ser um dos sintomas do
alcoólico pela falta do álcool. Não
tente forçar as coisas. Planeje suas
próprias atividades e continue a ir às reuniões do Al-Anon.
Não seja superprotetor. Os alcoólicos em recuperação precisam
aprender a viver num mundo onde se consome álcool e responder por si mesmos.
Previna-se contra ciúmes e
ressentimentos com relação ao método de recuperação escolhido. Muitos alcoólicos precisam de reuniões
diárias de AA. Apenas lembre-se que é um
tratamento para uma doença. Seja grato
ao fato do alcoólico procurar recuperação mesmo que isso signifique que ele se
ausente de casa para receber ajuda.
À medida que o alcoólico se
livrar dos velhos amigos, hábitos e fantasmas das bebedeiras, haverá tempo para
outros entusiasmos, inclusive o AA.
Incentive a mudança. Quando você
começar a encontrar atividades interessantes para si mesmo no Al-Anon, isso
tira o foco do alcoólico e você se torna responsável por sua própria
felicidade. Ambos estarão no caminho de
uma nova vida juntos, cada um a seu próprio modo.
Todos podem ter recaídas e
retrocessos. Não os leve a sério. Acredite que foi formada uma base firme para
a recuperação. Se você achar que um dos
dois cometeu erros, aprenda com esses erros e esqueça-os. Desligue-se das decepções e retrocessos e
siga em frente!
O caminho a trilhar não é
sempre fácil, mas pode ser cheio de maravilhosas recompensas. A recuperação dos efeitos do alcoolismo é
possível. O Al-Anon pode ajudar.
Os
Grupos Familiares Al-Anon são uma associação de parentes e amigos de alcoólicos
que compartilham sua experiência, força e esperança, a fim de solucionar os
problemas que têm em comum. Nós
acreditamos que o alcoolismo é uma doença que atinge a família e que uma
mudança em nossas atitudes pode ajudar na recuperação.
O
Al-Anon não está ligado a nenhuma seita, religião, movimento político,
organização ou instituição, não se envolve em qualquer controvérsia, nem
endossa ou se opõe a qualquer causa. Não
existem taxas para ser membro. O Al-Anon
é auto-suficiente através das contribuições voluntárias de seus próprios
membros.
O
Al-Anon tem apenas um propósito: prestar ajuda a familiares e amigos de
alcoólicos. Fazemos isso, praticando os
Doze Passos, encorajando e compreendendo nossos parentes alcoólicos, bem como
acolhendo e proporcionando alívio a familiares de alcoólicos.
Veja também esta bela mensagem. Quase um hino para nós, Al-Anon:
http://grupovisao-es.blogspot.com.br/2012/04/so-por-hoje.html
Veja também esta bela mensagem. Quase um hino para nós, Al-Anon:
http://grupovisao-es.blogspot.com.br/2012/04/so-por-hoje.html
Tradução autorizada de: So
you Love na alcoholic.
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